Código de ética tornou-se uma ferramenta de proteção. Não só para seus funcionários, mas, principalmente, para a sua empresa.

Hoje em dia as corporações precisam munir-se de recursos para garantir um ambiente de trabalho adequado. Isentar-se das discussões sobre o assédio pode colocar sua imagem em cheque.

Diante de tantos mecanismos de informação viabilizados pelo universo digital, não dá para correr esse risco. Por meio da navegação na internet, qualquer pessoa é capaz de fazer uma notícia voar.

E não importa o porte de sua empresa, nem mesmo se é familiar; todos estamos no mesmo barco. Se o tempo fechar, manter o leme na mesma direção pode tornar-se uma tarefa inexequível.

Função de um código de ética

O Código de Ética é a definição da cultura ética que será estabelecida dentro da empresa. Determina as principais regras e normatiza os padrões éticos corporativos, não só para colaboradores, mas também para fornecedores e interessados em ter algum relacionamento com a empresa.

“Um dos primeiros passos dentro de um programa de compliance das empresas deve ser redigir e estabelecer um padrão ético para a empresa, ou seja, normas de conduta internas. E fazer com que que todos os colaboradores tenham conhecimento delas”, explica Thiago Cordeiro França, diretor de compliance da Proethic.

Segundo Thiago, a empresa precisa, fiscalizar o cumprimento desse código de ética, e é altamente recomendável instituir um canal de denúncias. Com isso, os próprios funcionários poderão monitorar seus ambientes e entrar em contato por vias adequadas, caso haja alguma infração.

“É de fundamental importância que o canal de denúncias seja anônimo, confidencial, seguro e sem conflito de interesses para que aquela transgressão ao código de ética seja investigada e solucionada”, ressalta.

 

Código de Ética – passo a passo

Seja o exemplo

O primeiro passo para estabelecer um código de ética em uma empresa é garantir que a cultura ética esteja presente na alta direção. De nada adianta elaborar um belo manual para a empresa, se os líderes não têm um comportamento adequado.

Como disse Mahatma Gandhi, “faça em você mesmo a mudança que quer ver no mundo”. Então, é preciso ser exemplo.

Monte uma matriz de riscos

O segundo passo é a montagem de uma matriz de riscos para identificar os pontos vulneráveis, considerando a ética corporativa dentro da empresa.

Vale lembrar que existem variáveis interferentes nos riscos que as empresas correm:

• O setor no qual atua;
• O porte da empresa;
• O quanto ela se sujeita a esses riscos;
• O histórico da empresa.

Uma organização que já possui alguma estrutura de controle está menos sujeita a esses riscos. E quem não tem histórico de desvio ético também.

Por exemplo, a maior parte das empresas citadas na Lava Jato já desligaram de seus quadros colaborativos os diretores investigados pela operação, contudo, os fantasmas continuam. E basta um novo fato relacionado à empresa, para que a mídia relembre todo o seu histórico.

O diretor de compliance da Proethic ressalta que o desvio ético está muito ligado à imagem da empresa e à credibilidade dela; uma vez rompidos os laços, é muito improvável reatá-los sem nenhuma marca.

Daí a importância de um código de ética que todos sigam, para evitar que a imagem da empresa seja manchada. Também daí nasce a relevância desta etapa para a construção do código de ética. A matriz de riscos deve levar todos esses pontos em consideração.

Atente-se à redação do código

Com o levantamento de riscos finalizado, é hora de iniciar a redação do Código de Ética.

Para tanto, devem ser realizadas reuniões interdisciplinares para abarcar as principais regras com base na cultura da empresa e na matriz de risco elaborada.

A redação é uma das partes mais importantes do Código de Ética porque é o que vai registrá-lo. E a definição das normas não pode diferir da cultura da empresa, por isso ela deve ser transmitida de maneira clara para todos que participam da reunião.

Outro detalhe importante é a linguagem a ser utilizada na hora de redigir os textos. Por exemplo, uma startup tem uma cultura mais despojada, mais jovem, então, seu código de ética deve seguir essa cultura.

Empresas formais que utilizam seu código de ética de forma mais protocolar, podem ter o Código de Ética estabelecido em formato de regras.

E se a ideia é que o colaborador realmente leia essas normas, na hora de escrevê-las, você deve pensar em facilitar a vida de todos. Um Código de Ética com 30 páginas dificilmente será lido em sua totalidade. Por este motivo a Proethic elabora um Código e Ética ilustrado. (https://proethic.com.br/codigo-de-etica-ilustrado/)

Pense em seu público quando for redigir seu Código de Ética.

É hora de divulgá-lo

Assim como a propaganda, a comunicação é a alma do negócio. Então, se você “vender” bem a ideia do Código de Ética de sua empresa, terá uma aceitação maior.

Uma dica interessante é atrelar o lançamento dele ao canal de denúncias. E, claro, comunicar todos os colaboradores para que tenham ciência da existência desse manual e passem a segui-lo.

Outra possibilidade para ampliar a divulgação do novo material é disponibilizar uma versão online. Também é interessante produzir uma versão impressa de bolso para que seja entregue na contratação de novos colaboradores.

A ética está ligada justamente à segurança e à previsibilidade do comportamento da outra pessoa. Se todos seguirem o mesmo código de conduta, com certeza, sua empresa se tornará ainda mais transparente e segura contribuindo, inclusive, para a saúde de seu negócio, tornando-o até mais lucrativo.

Para saber mais sobre como o assunto, entre em contato com a Proethic. Para isso, é só CLICAR AQUI. Até a próxima!